terça-feira, 27 de abril de 2010

Ídolos do esporte brasileiro

Infelizmente, não pudermos ver tantos atletas brasileiros brilharem individualmente nos esportes, mas com certeza alguns representaram muito bem o nosso querido Brasil. Dois deles foram além, capazes de comover multidões e aumentar o patriotismo em nosso país. Ayrton Senna e Gustavo Kuerten, só de mencionar o nome deles já chovem imagens e vídeos na minha mente que enchem meus olhos de lágrimas.


Qual o brasileiro que não se comove com a “musiquinha” que a Rede Globo tocava quando Senna vencia as corridas? Que fanático não foi às lágrimas com as vitórias de Guga em Roland Garros? E por outro lado, qual brasileiro não chorou e lamentou a morte de Senna no GP de Ímola no dia primeiro de Março de 1994? Quem não se entristeceu com a despedida do Guga das quadras? Para mim fica até uma dúvida no ar: quem foi o maior ídolo do esporte individual brasileiro? Não estou aqui para comparar o Senna com o Guga e sim para ressaltar a importância desses dois atletas no cotidiano do brasileiro apaixonado por esportes. Eram dois brasileiros que amavam representar o país, Senna com sua seriedade, disciplina e resultados, enquanto Guga com seu jeito despojado, alegre e feliz de ser.





Não tenho dúvida de que Senna foi mais adorado pelo povo brasileiro, muitas famílias reuniam-se nos domingos de manhã para ver o rei das pistas em ação. O automobilismo sempre foi um dos grandes esportes do Brasil, tanto que já tínhamos corredores de alto nível como Nelson Piquet e Emerson Fitippaldi, ambos campeões mundiais na Fórmula–1. Mas Senna foi diferente, seu arrojo e determinação em busca da vitória fascinava o país e a morte, no ápice de sua carreira, foi tão trágica que até os que não eram fãs do automobilismo ficaram sentidos na época. Com certeza Senna morreu como herói de uma nação. O lado bom é que o Brasil continuou com bons pilotos, pois hoje podemos ver Felipe Massa brigando pelo título da Fórmula-1, Rubinho como o piloto que mais disputou corridas de todos os tempos e as jovens promessas, Bruno Senna e Lucas Di Grassi com um nome forte no cenário mundial.



No tênis a história é diferente. Pouco se sabia sobre o esporte no Brasil antes do dia oito de Junho de 1997 quando um jovem cabeludo, desajeitado, com uma roupa colorida que representava as cores de seu país venceu Roland Garros e ganhou dois países inteiros de fans. Os países são a França e o Brasil e o garoto Gustavo Kuerten, o Guga.

O carisma do tenista ganhou rapidamente o carinho de todos e o tênis tornou-se mais popular no país, diferente do que ocorreu com o automobilismo. Guga é uma pessoa única que “criou” um esporte no Brasil, se hoje assistimos tênis na televisão é graças a este menino de Florianópolis que brilhou em um esporte que não tem apoio nenhum no Brasil.




De uma forma contrária ao que ocorreu no automobilismo, o tênis brasileiro passou por um momento muito ruim . Mas isso começou a mudar. Algumas grandes promessas apareceram nos últimos anos. Thomaz Bellucci ganhou respeito internacional e hoje figura no TOP 30 do Ranking da ATP. Tiago Fernandes, pupilo de um tal de Larri Passos, é o líder do ranking juvenil. São promessas que podem virar realidade. Torço para isso. Já no feminino.... a situação é caótica.


Voltando aos mestres, poderia citar pelo menos dez grandes prêmios em que Senna deu show e umas outras 10 partidas em que Guga chamou atenção do mundo com sua paralela de esquerda. Não tenho dúvida de que Senna e Guga foram únicos. Mas enquanto Senna brilhou em um esporte tradicional de nosso país, Guga surgiu do nada e ensinou o Brasil a gostar do tênis.